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Fazer o bem é um bom negócio

Na Campus Party 2016, empreendedores mostram como é possível obter lucro em negócios que apoiam causas sociais

Uma nova geração de empreendedores está chegando no mercado. Conhecida como geração Y (nascidos entre 1980 e 2000), seus representantes estão mudando a forma de fazer negócios com novas tecnologias e startups.

Para grande parte desses jovens empresários, não basta apenas uma empresa ser lucrativa é preciso ter um impacto social ou ambiental.

Esse é o caso, por exemplo, de Larissa Kroeff, que estudou organização de eventos sustentáveis na França e observou muitos negócios desse tipo se espalharem pela Europa. Ela voltou para o Brasil e, em 2011, fundou a Meucopo Eco em Florianópolis.

A empresa quer reduzir um grande problema: o lixo. Só no Brasil, 720 milhões de copos de plástico são descartados todos os dias.

A Meucopo Eco pretende substituir os copos descartáveis por reutilizáveis durante festas, shows e eventos esportivos. A ideia não é totalmente nova, empresas estrangeiras já fazem isso em grandes festivais de música pelo mundo. Larissa adaptou a ideia e trouxe para o Brasil.

O modelo de negócios da empresa prevê duas formas de arrecadação. A primeira é por meio de consignação: os clientes deixam R$ 5 para pegar um copo. No final da festa, o consumidor pode escolher entre devolver o copo e recuperar o dinheiro ou ficar com o copo como recordação do evento.

A segunda é por meio da compra de copos pelos próprios organizadores do evento. A empresa também aluga máquinas para a higienização dos produtos. Desde o surgimento da empresa, a Meucopo Eco já evitou que mais de 1 bilhão de copos descartáveis fossem parar no lixo.

A empresa cresceu 100% em 2015 – e pretende manter a mesma porcentagem nesse ano. Entre os clientes estão o festival Psicodália em Florianópolis e a festa Black2black no Rio de Janeiro.

FOMENTO

Para empreendedores como Larissa, existem instituições que ajudam esses negócios a crescer. É o caso da Artemisia, uma aceleradora para startups de impacto social.

“Nós acreditamos que é possível mudar o mundo e ganhar dinheiro”, afirma Daniella Dolme, da Artemesia.

A instituição apoia empresa dispostas a resolver problemas em quatro áreas prioritárias: educação, saúde, habitação e serviços financeiros.

Entre as startups apoiadas pela Artemísia estão a Geekie, empresa que criou um sistema gratuito para que alunos estudem para o Enem, e a MultiOrti, que oferece serviços odontológicos a preços acessíveis para a população de baixa renda.